quarta-feira, 2 de abril de 2008

Palavra do autor
SUSSURROS é para mim o início. Nasceu depois que rompi com os pudores de um neófito, após mais de uma década sobre o papel. Com ele não me sinto um poeta. Sei apenas que dei um passo rumo à exposição de minha vida, o que é a minha proposta. Acredito na democracia da arte e procuro vê-la em tudo, da minha forma. Olhar uma pessoa desenhar um poema é maravilhoso. Quem dera todos escrevessem poemas! Todavia, creio que para ser poeta não basta a auto-definição. Ë preciso muito mais, quase sempre uma vida toda. Um livro é pouco: pode ser um acaso. Uma obra é seu conjunto; um escritor, suas muitas obras. Espero um dia ter livros, muitos deles, que me habilitem a ser chamado de poeta. E espero que neste dia eu ainda não me sinta nada.
SUSSURROS é para mim o meu início.
Eduardo Borges (São Luís/Teresina)