quinta-feira, 9 de junho de 2011





Solto-me no ar

Como um pássaro

Mas não como quem voa

Somente igual a quem se deixa voar



Deixar-se! Deixar-se sempre!

Já que as nuvens são mero acaso

Que paira e, sem terra à vista,

Não haverá rumo certo



Solto sou mais que eu vazio

Como pássaro morto

Ou chão que queima e engole

Todas as águas sem resistir


Eduardo Borges
Teresina, 12.05.2011