segunda-feira, 7 de setembro de 2009






DE TUDO QUE NÃO VEJO



Algo abaixo dos meus pés se move
Abaixo das minhas células, de mim
Logo ali, perto, junto do que sou
Algo abaixo pulsa, debaixo do solo
No invisível urbano, nos bueiros
Em mundos submersos de esgotos frios
Na intriga dos neurônios feitos de gases vivos
Algo de tal inconsciência que esqueço e ignoro


Eduardo Borges
Teresina, 24/08/2009