sábado, 16 de janeiro de 2010





Vinil





Entrego-me ao jogo,
aos míseros centavos
do tempo,
como uma prostituta
numa noite de carne
e tédio.

26/04/05
Eduardo Borges




Sansara



Corpo,
matéria morta
pelas inquisições
da alma.



10/05/05
Eduardo Borges

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010





O HOJE, DEPOIS DE ONTEM

(para ti, helena)


Eu vi tuas mãos
meu encanto
eu te avistei tão perto
Branca como a
luz do dia
noite como a pele
que se eleva além
do inesperado
O inédito profundo
Campo minado
que o mar das culpas
não nos engula em
sua profundeza de monstros
A beleza de tuas mãos
meu encanto
tua pele em mim
verteu meus pontos cardeias
tudo em cores confusas
nós dois prateados
aqui entre mãos
e este vazio indesejado

Teresina, 17/12/2009
Eduardo borges

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010!






Esta é a minha primeira postagem no "ano novo". Escolhi um poema de um terceiro livro, ainda abstrato, para desconfiar das escolhas.



ANDANTE


Prefiro o acaso ao destino das bússolas
O desespero às infelizes certezas catatônicas
Um vento frio percorre os solitários pés das casas
A vida é um perdulário de promessas mórbidas
 
Teresina, 22/12/2009.
 
Eduardo Borges