A cidade vive
seus medos em
ruas escuras.
Homens divididos
Entre bueiros e
calcadas sujas
- inconsciente.
Vejo as cavernas
sobrepostas aos
ferros das prisões,
Disfarçadas pelo
branco dos quartos.
A cidade subverte
as pessoas, e os corações
Fogem dos redemoinhos
que engolem avenidas.
Eduardo Borges
Teresina, 14/10/2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
No silêncio da noite
as coisas dormem.
Esperam o dia, o sol,
algo que, ao amanhecer,
as faça viver
nas dúzias de braços
que tropeçam em
corredores sonolentos
de mais um dia.
As coisas dormem e esperam
- basta um olhar atento -
ao relento dos tetos,
Empoeiradas de nada,
aparentemente paradas
em cima de algum lugar
à espera dos homens
que deixam passar o tempo
frivolamente.
eduardo borges
São Luis, 22.04.2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Pisando em linha reta
segunda-feira, 4 de julho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Papiro
segunda-feira, 13 de junho de 2011
De quando engordo
sexta-feira, 10 de junho de 2011
D N A
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Solto-me no ar
Como um pássaro
Mas não como quem voa
Somente igual a quem se deixa voar
Deixar-se! Deixar-se sempre!
Já que as nuvens são mero acaso
Que paira e, sem terra à vista,
Não haverá rumo certo
Solto sou mais que eu vazio
Como pássaro morto
Ou chão que queima e engole
Todas as águas sem resistir
Eduardo Borges
Teresina, 12.05.2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Ouço o dia passar
entre os ruídos dos ferros.
As horas pesam, como o aço.
Dialogo com os minutos
- sou alheio ao vento, ao sol
que toma de assalto o corpo
numa revolução invisível.
Palavras são aço bruto!
Peças soltas das máquinas
que passeiam brincando de gente.
Nada significa, exatamente,
o que se diz – a linguagem é mentira!
Algo sempre faltará
no murmurejo das ruas.
Eduardo Borges
Sampa, 11.05.2011
sábado, 28 de maio de 2011
Pelo carro -
na turbulenta
tarde -
misturo meu
sangue às ruas
reluzentes
do sol imposto
na umidade da pele
Sou eu parado em
movimento nos
quadrantes
pintados dos becos de pedra
Em estradas que
não levam e não
trazem – descaminhos -
há/sombras/sobre/tudo/se/é/que/algo/é/existente
Ando em velocidade.
Tanta pressa!
Pelo carro,
através do vidro,
mesclo-me ao asfalto,
separado de cada corpo
de cada alma e pedra e beco,
duvidando da possibilidade,
do provável, de mim mesmo,
dos sinais da cidade e
das ondulações abruptas.
- as águas da chuva morna
- o calor torpe e doentio
- meus pés que se alongam no escuro da noite,
para longe dos pensamentos.
Vida, morte, continuidade.
eduardo borges
teresina, 18.04.2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
A MINHA PARTE EM TUA NUDEZ
Em teus olhos cabe o mundo
todas as cores humanas
entre o branco e o castanho
do teu corpo nu
Em teus olhos cabe o mundo
a inconsciente dor das ausências
eu não existo em ti:
sou a sombra do teu corpo nu
Em teus olhos cabe o mundo
e não vês as tortuosas curvas
que te cercam e me matam
ao lado do teu corpo nu
eduardo borges
barcelona, 10/03/2010
todas as cores humanas
entre o branco e o castanho
do teu corpo nu
Em teus olhos cabe o mundo
a inconsciente dor das ausências
eu não existo em ti:
sou a sombra do teu corpo nu
Em teus olhos cabe o mundo
e não vês as tortuosas curvas
que te cercam e me matam
ao lado do teu corpo nu
eduardo borges
barcelona, 10/03/2010
domingo, 1 de maio de 2011
OMISSÃO
Calar-se
é matar a palavra
que brota
na hora da
alma.
Sangrá-la
entre os dentes já
desgastados
pelo
tempo.
A palavra
- signo invisível -
não morre,
apenas desa-
parece
dos
ouvidos
para em nossas
mentes
vibrar
como
um
sino,
uma sina.
Mato a palavra
Num canto do mundo,
surdo
aos clamores,
curto de compaixão,
curdo entre montanhas –
Fixo a mira
e atinjo o poema
antes de macular o mundo,
prestes a vomitá-lo
no banheiro
da casa.
(03.08.02)
Eduardo Borges
quarta-feira, 20 de abril de 2011
domingo, 13 de março de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
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