sexta-feira, 24 de junho de 2011
Papiro
No papel escrito
O poema se perde
E morre logo depois de posto
Renasce em outras cabeças
Um espírito serpenteando o
Corpo que incha e fede
Teresina, 23/03/08.
Eduardo Borges
segunda-feira, 13 de junho de 2011
De quando engordo
sexta-feira, 10 de junho de 2011
D N A
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Solto-me no ar
Como um pássaro
Mas não como quem voa
Somente igual a quem se deixa voar
Deixar-se! Deixar-se sempre!
Já que as nuvens são mero acaso
Que paira e, sem terra à vista,
Não haverá rumo certo
Solto sou mais que eu vazio
Como pássaro morto
Ou chão que queima e engole
Todas as águas sem resistir
Eduardo Borges
Teresina, 12.05.2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Ouço o dia passar
entre os ruídos dos ferros.
As horas pesam, como o aço.
Dialogo com os minutos
- sou alheio ao vento, ao sol
que toma de assalto o corpo
numa revolução invisível.
Palavras são aço bruto!
Peças soltas das máquinas
que passeiam brincando de gente.
Nada significa, exatamente,
o que se diz – a linguagem é mentira!
Algo sempre faltará
no murmurejo das ruas.
Eduardo Borges
Sampa, 11.05.2011
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